Arquivo da categoria: Atividades Culturais na Quinta

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VIII Festival Observação de Aves e Atividades de Natureza

A Quinta das Alagoas participou em duas atividades do VIII Festival Observação de Aves e Atividades de Natureza, realizado entre 4 e 8 de Outubro de 2017.

  • Pôr-do-Sol Megalítico | Iluminado Passeio Noturno | Aves Mitológicas & Astronomia:

Passeio interpretativo noturno de 3 km realizado em cerca de 3 horas, ao longo do roteiro megalítico da Pedra Escorregadia, em Vila do Bispo. O passeio foi conduzido pelo arqueólogo Ricardo Soares (Câmara Municipal de Vila do Bispo) e por Fernando Pimenta (Sociedade Europeia para a Astronomia na Cultura) da Quinta das Alagoas. Ao longo do percurso foram transmitidas diversas informações acerca do megalitismo menírico e das remotas culturas responsáveis pela monumentalização destas paisagens na Pré-história. As decorações inscritas nos menires foram observadas pela técnica de luz dirigida, reveladora de segredos que a luz do dia dificilmente permite vislumbrar. A relação dos menires com a astronomia foi também abordada.

Já num palco celeste, os participantes tiveram a oportunidade de realizar um passeio pelo céu e descobrir algumas histórias mitológicas sobre as aves do céu profundo, enter algumas notas de astrofísica.

(fotos gentilmente cedidas por Ricardo Soares)

  • A luz – experiências com a luz | Orientação das aves pela polarização do céu, pelo Sol, pelo movimento das estrelas e pelo paramagnetismo | Observação do Sol

De que cor é o Sol? Porque é que o céu é azul? Porque é que o pôr-do-sol é vermelho? Porque é que as nuvens são brancas? Como se forma um arco-íris? O que é a polarização do céu? Como é que as aves se orientam pelo Sol, pelo céu e pelas estrelas?
Durante esta sessão fizeram-se várias experiências e ouvimos algumas respostas para estas perguntas!
A atividade terminou com uma observação segura do Sol por projeção e através de um telescópio solar:
Fotosfera e manchas solares (observação em luz visível, por projeção)
Cromosfera, filamentos e protuberâncias (observação pelas emissões na banda de Hidrogénio alfa)

(fotos gentilmente cedidas por Ricardo Soares)

 

Sunset JAzz Concert

O consagrado trompetista Hugo Alves, fundador e diretor artístico da Orquestra de Jazz do Algarve, apresentou-se no OJA Trio by Hugo Alves com os músicos Diogo Russo no piano e Luís Henrique no contrabaixo, para mais um grande momento de Jazz na Eira da Quinta das Alagoas.

Os temas apresentados, foram do cancioneiro Standard Norte-Americano: leves melodias populares, numa roupagem muito simples e acústica, tantas vezes usada com sucesso pelo Jazz. Vários autores foram recordados, versando em particular os autores Cole Porter e Richard Rodgers, dois dos maiores vultos do séc.XX na área. Um Sunset especial, num local especial onde lembrámos com saudade o sorriso do nosso amigo Kikas que sempre nos incentivou nos eventos musicais na Quinta!

 

Noite de Violoncelos com Paulo Gaio Lima

A Quinta das Alagoas teve o prazer de se associar mais uma vez ao Festival Internacional de Cordas da Academia de Música de Lagos e, tal como nas duas edições anteriores, trazer às Quartas na Quinta uma explosão de cordas  de Violoncelo com a participação do Professor Paulo Gaio Lima.
A X edição deste Estágio Internacional de Cordas, decorreu de 21 a 29 de Julho sob o lema «Férias com Música no Algarve» e foi destinado a músicos, especialmente das cordas, do país e estrangeiro, que desejaram conciliar as férias com o estudo dos seus instrumentos, orientados por professores de craveira internacional, e com a preparação de repertório solo, de música de câmara e orquestral. O curso consistiu em Masterclasses Solo, Masterclasses de Música de Câmara, Ensaios Orquestrais e Estudo Individual.
O intercâmbio diário de experiências musicais entre as dezenas de jovens intérpretes e a participação em diversas actividades de concerto, em diferentes locais da região, tem vindo a contribuir para a sua projecção além-fronteiras, dinamizando-a com um inovador conceito de Turismo Cultural, tudo num cenário idílico de Verão e numa cidade histórica à beira mar.

Sonho e Esperança: Recital de Canto e Piano com Ângela Silva e João Rosa

O Sonho comanda a vida e a Esperança é um farol que nos guia e dá sentido aos nossos passos. Se alguns nos asseguram que apenas se sonha nas noites de Verão, sonhemos então com a frescura do recomeço, os anseios de mudança, os desejos de que tudo se harmonize e de que a paz se estabeleça de forma duradoura.


Neste programa demos destaque a estes estados de alma: com Puccini, a esperança de Magda em convencer “Babbino” a deixá-la casar com o príncipe adorado. Com Liszt, o sonho ganhou a forma do amor ou do desejo de ser Rei. Com Mahler, seguimos o sonho de um soldado, em guerra, que aspirava a voltar para os braços da sua amada.

A Ângela Silva e a João Rosa o nosso obrigado! Bem hajam!

 

JAZz na Quinta: um Concerto Morphosis por altura das “Maias”

A Quinta das Alagoas teve o prazer de organizar, na altura em que se celebraram “As Maias” na nossa região, mais um Concerto de Jazz na Quinta.

As Maias são uma tradição que celebra a Primavera, ao mesmo tempo esconjura os maus espíritos e cruza tradições romanas e célticas. Por altura do 1º de Maio era costume em quase todas as casas encher-se um grande boneco de trapos com palha de centeio e farelos, que depois se vestia com roupas velhas, se enfeitava com flores do campo e se arrumava em sítios de passagem com versos populares, dizeres satíricos e gracejos sociais. A par dos bonecos havia o hábito de se colocarem ramos e coroas de giestas amarelas às portas, nas janelas e nas varandas, para “não deixar o Maio entrar”.

Ao Hugo Alves, por quem temos uma grande admiração, e ao João Frade, por quem temos uma grande espectativa, agradecemos a disponibilidade e à Orquestra de Jazz do Algarve a colaboração para a organização deste evento do projeto Morphosis. O projecto Morphosis dá asas à improvisação sobre temas escritos a pensar nas potencialidades do trompete e do acordeão. O autor do projecto, Hugo Alves, convidou João Frade para um dueto em que exploraram temas originais e que começou por Standards Norte Americanos.

 

Vibrafone e Guitarra Eléctrica: Vasco Ramalho e Tuniko Goulart

O projeto aZZul é o excelente resultado do trabalho criativo de dois músicos de origens e formações musicais completamente distintas: de um lado Tuniko Goulart, músico brasileiro, nascido e criado entre músicos, com um estilo muito próprio resultado da sua formação autodidata baseada na “escola” dos grandes mestres da música e do outro Vasco Ramalho licenciado em percussão pela Universidade de Évora, com uma Pós-Graduação em marimba solista no Royal Conservatory Antwerp – Bélgica e várias participações em festivais internacionais, nos E.U.A. e na Europa. O que os une? Uma grande amizade e um enorme respeito pela música, música de verdade.

Foi um concerto em que o estilo musical não interessou, não foi jazz nem clássico, não foi pop nem rock, foi simplesmente MÚSICA!

Projecto aZZul

 

 

Duo Lundú – Voz e Guitarra Romântica, com Daniela Tomaz

No séc. XIX, com a ascensão da burguesia e a sua importância e influência no mundo das artes, a canção de câmara tornou-se popular nos salões particulares europeus, é neste contexto, que surge no panorama musical português, um novo género de canção que rapidamente ganhou popularidade. As Modinhas tornaram-se na canção de salão por excelência em Portugal, assim como o Lundum, um estilo de canção que derivou de uma dança afro-brasileira. A evolução destas canções deu-se numa constante viagem entre Portugal e Brasil e resultou numa sonoridade em que a fusão de estilos cativou em larga escala os ouvidos das cortes em Portugal e no Brasil, assim como nos salões da alta burguesia. De temática amorosa, o fraseado exageradamente romântico e lânguido, vinha acompanhado de um ritmo sincopado, ornamentando-o de uma sonoridade exótica. Acompanhadas ao cravo ou à guitarra, julga-se que este género de canção esteve na origem do Fado. A Modinha teve também a sua evolução que passou por incorporar, uma sonoridade típica da ópera italiana, em voga na época. A popularidade deste estilo de canção foi reconhecida, apreciada e depois confirmada em diversas crónicas de ilustres estrangeiros em viagem por Portugal. Este recital permitiu ao público conhecer uma parte importante do espólio da música erudita portuguesa do séc. XIX, com a interpretação de algumas das modinhas e compositores mais emblemáticos, acompanhadas pelo som de uma guitarra romântica de 1800 e pela convidada do grupo Daniela Tomaz que tocou flauta e percussão.

Concerto de Ano Novo sob o tema da Amizade

Falamos dos músicos ou dos instrumentos que eles tocam? O Piano, potente e delicado, tão diferente de uma Flauta, feminina e sensual, ou de uma Viola de Arco, sedutora e cativante. Juntos, encontrara-se em obras do mais puro romantismo, onde também não faltaram passagens de grande fulgor virtuosístico e delicados apontamentos de uma profunda poesia.
As aparentes diferenças destes instrumentos, ao invés de enfraquecer o colectivo, engrandeceram esta inesquecível experiência.

Reviver o Al-Garb

Nos tempos conturbados em que vivemos achamos da maior importância dar relevo a três  culturas fundamentais que estão na raiz cultural europeia. São culturas com um  passado e origens próximas que durante períodos longos souberam viver juntas, particularmente neste grande cabo de Sagres onde a Quinta das Alagoas se encontra. Pensamos que nos dias de hoje os valores da diversidade e do multiculturalismo são mais importantes do que nunca. Por isso saudamos Eduardo Ramos, Joaquim Pedro Galvão e Rui Afonso que neste Concerto Reviver o Al-Garb interpretaram peças musicais instrumentais e outras cantando os poetas Árabes do Al-Garb Andaluz, da autoria de Eduardo Ramos, assim como peças Medievais Galaico-Portuguesas e Judias-Sefarditas dos séculos XI a XIII.

No final de mais este Concerto na Eira servimos alguns pratos de inspiração Árabe, Judaica e Moçárabe.